Que tal usar o Google+ no lugar do Facebook?

Essa semana eu li na timeline uma notícia que reacendeu uma ideia que eu estava querendo por em prática há algum tempo. A notícia falava que a “gigante de buscas” estava criando e vinculando automaticamente perfil no Google Plus uma vez que você criasse uma conta no Google/Gmail.

Atitude essa que mostra claramente que a empresa visa bater de frente com o Facebook, a rede social mais acessada em 127 países no mundo, também noticiada essa semana!

Por conta disso, choveram postagens e menções sobre o assunto e óbvio as comparações entre as plataformas foram inevitáveis.

Em conversas com alguns amigos sobre esse assunto, dois pontos são sempre levantados quando queremos avaliar as duas redes sociais:

  1. O valor qualitativo das relações entre os amigos;
  2. A quantidade de amigos nas redes e consequentemente, de conteúdo;

Ao mesmo tempo, duas frases sempre estão presentes na argumentação das preferências dos meus amigos:

  1. “O Facebook está virando um Orkut!”
  2. Eu até gosto do Google Plus, o problema é que não tem ninguém lá!

Por causa desses questionamentos eu resolvi fazer um teste com o objetivo de optar usar apenas UMA das duas como a “minha rede social oficial“. Como eu uso o Facebook desde julho de 2007, tenho mais amigos por lá (atuais 652) e conseqüentemente mais interações.

A ideia então é usar exclusivamente o Google Plus durante um mês no lugar do Facebook.

Vou publicar e interagir normalmente como faria no Facebook, uma vez que praticamente todas as “features” são comuns em ambas as redes. Na linha do tempo, posso favoritar (“curtir” e “+1”), posso compartilhar menções, links, fotos, vídeos, criar eventos, posso republicar menções e conversar privadamente com amigos,  criar e participar das recém-lançadas “comunidades”, enfim, posso substituir o Facebook pelo Google Plus normalmente!

Que tal usar o Google+ no lugar do Facebook?
Que tal usar o Google+ no lugar do Facebook?

E o que você quer provar com esse teste?

A meta é tentar provar que a parte técnica de ambas as redes são similares, e o que importa é a relação interpessoal na qualidade entre os contatos. Segundo o amigo Fábio Carvalho, “a Internet é uma grande mídia de massa segmentada“, ou seja, a Internet é um conglomerado de nichos! Independente de qual é a rede de sua preferência, sempre haverão pessoas que gostam de futebol, BBB, novelas, seriados, desenhos, memes, poesias entre outros assuntos. Você sempre terá pessoas que respeitam a individualidade do outro e o contrário também.

Para muita gente o Orkut era a Internet!

E quando ouço/leio a expressão “Orkutizar” eu dou gargalhada! Faço isso porque entendo que boa parte de nós brasileiros, a primeira experiência com rede social foi no Orkut e quando o Facebook começou a “pipocar” por aqui, muita gente agiu conforme agia na rede anterior. Só que esse comportamento foi mudando aos poucos, bem como a própria Internet também. Hoje as pessoas passam mais tempo nas redes sociais do que em blogs, por exemplo! As empresas perceberam, ainda que timidamente, que o seu público consumidor fala, interage e até consome as suas marcas, produtos e serviços nas redes! Ou seja, não dá mais pra viver sem estar numa rede social que permita extrair o melhor da Internet! A questão é qual delas?

E pensando nessas respostas que quero fazer esse teste. Quero boas discussões, não bate-bocas; quero leitura de boas fontes, não de auto-jabás; quero interação com os amigos, não de fofocas! Ok, pareço tendencioso. Não, estou apenas comprando a ideia de que o Google Plus é uma rede social pensada desde o começo sobre o prisma das boas relações e que foi criada para não ser MEGA/ULTRA/POPULAR (mas se for, que mal tem né!?).

Cansei de tentar ser POP!

Frase cunhada pelo amigo Mauro Amaral no episódio 77 do podcast Fala Freela que representa bem essa mudança. O maior desafio de parar de usar o Facebook por um mês é acostumar com o pouco movimento no Google Plus. Eu tenho nos meus círculos 321 amigos por lá, e bem menos da metade realmente posta alguma coisa na linha do tempo! Muito mal clica o “+1” num artigo para aparecer na rede! Mas é justamente essa sensação de “ar rarefeito” que eu busco nesse teste. Quero interagir com menos pessoas, para qualificar mais a relação.

No Facebook a quantidade de conteúdo é tão gigante que damos pouquíssima atenção para a grande maioria do que é postado por lá. Muita coisa boa deixa de passar aos meus olhos justamente por ter muito o que olhar! É o que eu chamo de “prostituição do like”. Uma vez eu postei que o meu filho estava com febre a noite toda, mas que na parte da manhã estava medicado e um contato deu “like” e não escreveu nada! Ok, eu sei que ele não curtiu que o meu filho estava com febre e sim que estava medicado. A questão é que, por causa do volume de informações, há tão pouco espaço para a atenção efetiva, que o máximo que esse contato poderia fazer por mim era dar “like”, quando o bacana seria fazer um comentário relevante sobre opções de medicamentos, sobre suas experiências e etc. Afinal, é para isso que uma rede social serve. Se relacionar!

Será que eu vou conseguir largar o Facebook?
Será que eu vou conseguir largar o Facebook?

Mas eu duvido que você abandone o Facebook?

Isso é realmente complicado, aidna mais que tenho projetos por lá. Como para qualquer coisa na vida, vai depender dos benefícios e de malefícios de cada uma das redes para optar esse abandono. Vamos ver! A questão é que esse teste vem num momento em que eu estou tentando diminuir ainda mais uma parte do tempo que passo na Internet. Seja para trabalho ou pessoal mesmo! Um dos meus objetivos em 2013 é ter mais tempo livre para ter mais qualidade vida com a minha família, e nisso certamente implicará em ter menos tempo na web!

Então é isso, eu começo o teste no dia 07/01/2013 (quando volto da #WebMicroFerias)  e vou excluir a aba do Facebook no meu browser, deixando apenas as notificações via e-mail de marcações, uma vez que “curtir” já estão filtradas para a lixeira. Quem quiser me seguir por lá, acesse o meu link no botão abaixo e me circule para acompanhar as minhas interações. Caso você não queira participar da minha experiência mas ficou curioso, em fevereiro eu conto pra você como foi esse mês de teste ok!?

Até lá e abraços!

😉

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