Oscar 2024 – Cadê Monster!?

Publicidade

(Resenha com alguns ‘spoilers’. Leia por sua conta e risco!)

Quero começar a minha resenha do Oscars 2024 com uma palavra:

Esnobada!

E assim que sairam as indicações, o meu reflexo foi concordar com o tweet à seguir:

E pesquisando sobre o tema eu esbarrei com o notícia veiculada pelo The View, onde a atriz renomada Whoopi Goldberg, disse que Greta Gerwig e Margot Robbie não foram esnobadas no Oscars: 

Eu conheço o filme, eu conheço a grandeza e o dinheiro, mas isso assume que outra pessoa não deveria estar lá. nem todos ganham. Não existem esnobadas”“Isso é o que você precisa ter em mente: nem todo mundo recebe um prêmio, e é subjetivo. Filmes são subjetivos. Os filmes que você ama podem não ser amados pelas pessoas que estão votando”.

Eu discordo frontamente com a Whoopi de que não haja esnobada em premiações, sobretudo num Oscars. 

Mas o argumento dela ainda sim tem fundamento. 

Quando chegar nesse artigo a parte sobre direção, faça o exercício proposto por ela e tente tirar um diretor indicado para colocar Greta Gerwig e seu filme Barbie

Há um bom debate sobre as escolhas sim, e se há, é subjetivo e cabe a ausência.

Já sobre Margot Robbie, por mais que eu ache ela incrível em Barbie, eu não colocaria ela no lugar da Annette Bening do filme NYAD, e sim outra atriz! 

Mas isso eu conto melhor quando você chegar nessa parte!😉

O fato é que depois de um tempo, eu acho que o filme de Barbie é excelente, tem um papel de reflexão sobre o patriarcado incrível e que colocou definitivamente a Greta Gerwig no mapa das premiações. Esse ano não rolou, mas a hora dela vai chegar, sem dúvida nenhuma!

Esnobada mesmo para mim foi o fato de Monster (Kaibutsu) ter ficado de fora dessa lista!

Esse filme é de longe, o que mais nos mostra que nunca estamos preparados para julgar qualquer pessoa sobre nada.

Principalmente sobre uma criança.

O filme é sensível, doloroso, fraternal e duríssimo.

Assistir uma história contada por dois pontos de vista, sem mentiras, sem atalhos no roteiro foi tão impactante que foi impossível não rever a minha própria vida, a minha relação com os meus pares e o meu entorno.

É magistral!

Mas isso… também é subjetivo!

Selo "Não sou capaz de opinar"

Seguindo a tradição de todos esses anos, alguns filmes que eu não consigui assistir e outros eu não tive interesse mesmo, segue então a lista desse selo em 2024:

Filmes ou indicações esnobadas

Indicações

Design de produção

O mundo da Barbie é tão surpreendentemente lúdico, quanto crível. Faz parte da narrativa e ajuda a contar a história como um todo. Mas Pobres Criaturas provavelmente ganhará e será merecido também, pois o mundo surreal é igualmente surpreendente.

Edição

Filme com 3 linhas do tempo diferentes mostrando momentos distintos sem fazer a narrativa se perder, faz de Oppenheimer o meu favorito e quem eu acho que vencerá.

Fotografia

Como eu não assisti El Conde, posso errar feio e ele ser o vencedor, o que eu acho bem improvável.

Eu torço por Oppenheimer, mas acho que Pobres criaturas tem uma fotografia que combina com todo o surrealismo identitário do filme e tem fortes chances.

Efeitos visuais

Essa é a categoria (junto de melhor Animação) em que eu menos posso opiniar pois só assisti um dos indicados. 

Mas eu vou torcer pelo Godzilla Minus One só pelo simples fato de estar concorrendo ao Oscars de melhor efeitos visuais com um orçamento total de pouco mais de 10 milhões de Dólares.

Maquiagem e cabelo

Categoria muito equilibrada nessa edição por causa dos estilos tão distintos de seus filmes indicados. Mas eu acho que o filme A Sociedade da Neve tem uma maquiagem que vai mudando conforme o filme avança e faz o expectador sentir o peso da tragédia.

Canção original

Será que Billie Eilish conseguirá sua segunda estatueta do Oscars de melhor canção seguida? 

Acho que sim!

Som

Aqui a briga é acirrada e mais uma vez não asissti todos os indicados. 

Resistência e Missão impossível eu não assisti. Mas ouso dizer que a real disputa está entre Oppenheimer e Zona de Interesse, sendo esse último o meu preferido. 

O ruído de fundo, com gritos, tiros, choros e lamentos depois do muro de Auschwitz mesclado com a rotina da família Höss é uma das coisas mais assutadoras já feitas. Mas não duvido que Oppenheimer ganhe pelo mesmo motivo.

Animação

Nessa categoria eu nem deveria opinar por ter assistido apenas um dos indicados.

Como ambos os filmes estão dividindo as premiações recentemente, não me surpreendedira se O menino e a garça ganhasse o Oscars.

Trilha sonora

Torço para a trilha de Oppenheimer é inquietante, sufocante e sensível no seu tempo certo e ajuda muito a narrativa da história na construção do cima do filme. Porém a trilha de Pobres criaturas é quase experimental, ao mesmo tempo que inventiva. E sim, ajuda o filme a contar a evolução de seus personagens, sobretudo a Bella Baxter.

Roteiro original

Minha torcida está pelos dois filmes que até o último ‘frame‘ segurou o meu interesse e acho que qualquer dos dois também podem sair vencedores com um Oscars. 

Anatomia de uma queda surpreende com um texto que não nos deixa seguro sobre o que realmente aconteceu em momento algum, e Vidas passadas é sensível, humano e verdadeiro num nível igualmente surpreendente, mas a tendência que Justine Triet leve essa estatueta.

Roteiro adaptado

O roteiro de Barbie é sensacional, independente da fraude de categoria, mas acho que Zona de interesse é insuperável, pela temática, execução e o nó na garganta durante dias que ele provoca. 

É minha torcida e aposta dessa categoria.

Filme internacional

Zona de interesse é o melhor disparado. 

Não pode ser outro!

Ator coadjuvante

Iniciando as categorias barbadas: Robert Downey Jr. e seu conflituoso personagem Lewis Strauss é insuperável! 

Impecável, indiscutível, barbada!

Atriz coadjuvante

Aqui vale uma ressalva. Eu trocaria fácil America Ferrera por Penélope Cruz e a sua Laura Ferrari no filme Ferrari. Ainda que isso tivesse acontecido, ela perderia para Da’Vine Joy Randolph e a sua atuação contida, sublime, intensa, dolorida e amorosa. 

Não à toa ela está ganhando TUDO e vai ganhar os Oscars também!

Ator

Aqui, apesar de todo equilíbrio com performances memoráveis, não há como Cillian Murphy perder. 

Barbada de novo!

Atriz

Já aqui o equilíbrio é assombroso, com exceção da Annette Bening, que foi indicada mais pela entrega física do papel do que pela interpretação e eu trocaria fácil pela sublime da Greta Lee em Vidas Passadas

No entanto, eu torço para Sandra Hüller e sua interpretação contida, dúbia, que me fez duvidar dela até o último ‘frame’ do filme, mas se a Lily Gladstone, que está ganhando a maioria dos prêmios vencer o Oscars eu vou ficar bem feliz também. 

É uma interpretação amorosa, forte, sensível e visceral, tudo na mesma personagem.

Direção

Faça o exercício mental de excluir um nome dessa lista para colocar Greta Gerwig e o seu filme Barbie. Complicado né? Mas vale a menção honrrosa do seu nome aqui. 

Óbvio que quem sairá vencedor é o Christopher Nolan e o seu expetacular Oppenheimer, mas o que a Justine Triet fez com Anatomia de uma queda e o Jonathan Glazer com Zona de interesse é surreal.

Indicados mas são decepcionantes!

Napoleão

Oportunidade desperdiçada.

Essa foi a expressão que eu usei sobre o filme antes mesmo dele superar a barreira de 1h de película. De longe o filme que eu mais estava ansioso para ver, uma vez que era do Ridley Scott.

Ok, ele tem oscilado muito entre filmes bons e ruins, mas ainda sim, estamos falando do diretor de Blade Runner, Gladiador, Perdido em Marte e Falcão Negro em perigo, Thelma e Louise, etc.

O filme disperdiça porque nem faz uma grande análise desse personagem histórico e a sua relação conturbada com a Josefina de Beauharnais, o grande amor da sua vida, nem mostra minimamente a grandiosidade de todas as suas conquistas que mudaram o mundo, uma vez que não somos apresentado adequadamente para as suas motivações.

Eu saí do filme sabendo tanto quanto eu sabia antes sobre Napoleão.

Tecnicamente ele é incrível, filmografia cuidadosa, rica nos detalhes de figurindo, direção de arte, maquiagem e cabelo, mas fica só nisso. Sobrou até para o pouco desenvolvimento dos pesonagens dos excelentes atores Joaquin Phoenix e Vanessa Kirby. O reoteiro é tão raso que eles pouco puderam fazer para salvar os seus personagens, tornando-os entendiantes.

Historicamente é difícil fazer um recorte sem erros, mas o filme é metralhado de críticas de historiadores que o consideram ofensivo, uma vez que para muitos, esse será o ponto de vista histórico do público médio.

Enfim, como eu disse: uma oportunidade desperdiçada.

A Cor Púrpura

É impossível analisar esse filme sem compará-lo com o original de 1985.

E por mais que uma história tão profunda, e que ainda é capaz de nos fazer chorar, essa versão de 2023 é definitivamente um erro. Para começar pelo fato de ser um musical, um formato muito divisivo.

A fotografia atrapalhou muito a experiência do filme, em muitos momentos as cenas são mal iluminadas desnecessariamente, dexiando os atores e atrizes sem nenhum destaque. E não pareceu um erro, e sim uma assinatura, uma vez que fica clara a escolha do contra-luz.

As músicas não empolgam, são claramente dubladas e parcem artificiais, principalmente com a Taraji P. Henson (Shug Avery). As interpretações são todas aquem das originais. Colman Domingo (Mister), Fantasia Barrino (Celie) e principalmente a indicada como melhor atriz, Danielle Brooks e sua Sofia.

Uma pena.

Indicados que são ok

Nyad

Uma história incrível de determinação, resiliência e um pouco de loucura!

Golda - A mulher de uma nação

Brilhantemente interpretada pela maquiadíssima Helen Mirren.

Segredos de um escândalo

Tensão e desconfiança!

Essas são as palavras que melhor representam esse filme. Todas as cenas e os diálogos mais comuns são carregados de tensão e eu nunca consigo acreditar em ninguém.

Mérito para o roteiro que é hábil em nos manipular do início ao fim, ainda que o final tenha sido um pouco agridoce.

Senti falta de mais respostas sobre quem era de fato a Gracie (Julianne Moore) e a Elizabeth (Natalie Portman). Sim, a personagem da Natalie Portman também! E por mais que eu goste de finais abertos onde o espectador cria a narrativa na sua cabeça, acho que esse não deveria ser o caso.

Bons filmes indicados

Maestro

É típico filme de cinebiografia feito com personagens cativantes e que nos conectam imediatamente, mas que no fundo é só um ‘Oscar Bait‘ muito bem feito.

O filme possui primor técnico apurado, que mostra o quanto o Bradley Cooper está engajado para conseguir a sua estatueta, porém no filme Maestro ele deixa a desejar no propósito. 

Ele nem aprofunda a carreira ou as questões da sua bisexualidade do maestro Leonard Bernstein. Tudo é muito raso, sem tanta profundidade, mas ainda sim, nos entretem durante toda a película.

Os Rejeitados

Lembra, bem de longe o filme “Sociedade dos Poetas mortos”, mas é só um bom filme com ótimas atuações, mas levemente previsível.

American Fiction

Uma ótima sátira sobre como o mercado editorial (e toda a sociedade) vê o conteúdo negro como sub-gênero. A crítica do filme expôe todos os esteriótipos do mercado e como ele é estruturado.

Jeffrey Wright está impecável no seu contido Monk, mas há espaço para personagens secundários como Tracee Ellis Ross (Lisa) e Sterling K. Brown (Cliff).

Pobres Criaturas

Não dá para esperar nada convencional num filme do Yorgos Lanthimos.

De todos os indicados ao Oscars de melhor filme, Pobres Criaturas é o mais fora da caixinha.

Com uma abordagem surreal e reflexões existenciais, Yorgos não mede esforços de levar as suas ideias narritavas até o fim, mas o filme é bastante restritivo justamente por ser “diferentão”.

Eu oscilei em momentos ‘wow’ com “falta muito para acabar”.

Visualmente vistoso, com uma direção de arte, figurino, maquiagem e cabelos muito bem cuidados. Mas o destaque, sem dúvida, é a interpretação visceral da Emma Stone e a sua Bella Baxter.

Indicados que eu gostei muito

Rustin

Momento histórico belissimamente retratado.

Temas como direitos humanos, combate ao racismo e homofobia são abordados de forma sensível e profunda com uma atuação magistral do Colman Domingo no papel do ativista Bayard Rustin.

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso

Homem-Aranha: Através do Aranhaverso não só igualou o feito de seu antecessor, como o superou.

A complexidade da trama, o número de personagens, bem como o nível de qualidade animação que extrapolou ainda mais o primeiro filme. O que era simplesmente impensável!

Mal posso esperar para ver o final dessa trilogia!

A Sociedade da Neve

Quem viveu nos anos 80 certamente assistiu no SBT o filme “Os sobreviventes dos Andes”, “Vivos” e todas as suas variáveis. E por mais que eu já soubesse tudo o que aconteceu com o time de Rugbi Uruguaio no voo 571, o filme “A sociedade da neve” aumenta a escala enormemente sobre o que eu conseguia me lembrar.

Os efeitos da tragédia foram muito melhor aprimorados, mas sobretudo a maquiagem e cabelo, além dos efeitos visuais, som e direção de arte.

É simplesmente brutal!

Assassinos da Lua das Flores

É, junto de “Silêncio”, o filme recente mais diferentão do Scorcese. Ele não tem o ritmo e edição típica de seus filmes, mas é um dos mais sutis. O diretor fica ainda mais afiado com o passar do tempo e entrega uma obra densa e cheia de camadas.

Destaque para a interpretação Leonardo DiCaprio como Ernest Burkhart, Robert De Niro com o seu tio William Hale e a grata surpresa Lily Gladstone no papel da esposa do DiCaprio, Mollie Burkhart.

Barbie

Com uma direção de Greta Gerwig, que dividiu o roteiro com o seu marido Noah Baumbach, Barbie superou todas as expectativas supreendendo com um filme que faz uma sátira cheia de camadas sobre o patriarcado e o papel da boneca na criação do imaginário do protagonismo das mulheres e todos os esteriótipos da boneca da Mattel.

Margot Robbie está impecável no papel em todas as fases da personagem, além de Ryan Gosling que entrega um Ken surpreendente e carismático.

Filmaços!!!

Vidas Passadas

Um amor puro e profundo pode definir a vida de um casal desde a infância? Pode esse amor resistir a distância, culturas diferentes e 20 anos de ausências?

Vidas passadas é apaixonantemente fofo e duríssimo como a vida adulta.

Com um roteiro minimalista e ao mesmo tempo cativante, faz com que cada palavra, cada pequeno gesto, ou sorriso seja uma ponta de esperança e ao mesmo tempo de angústia para os personagens Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo).

No meio disso tudo, nós, espectadores torcemos e choramos com cada reencontro e despedida.

Anatomia de Uma Queda

Um dos filmes de premissas mais simples e que conseguiram nos prender do primeiro minuto até o final quando descobrimos o que de fato aconteceu com o personagem Samuel Maleski (Samuel Theis), mérito do roteiro escrito por Arthur Harari e Justine Triet, essa última que também assina a diração.

Destaque para a excelente interpretação da Sandra Hüller no papel da esposa Sandra Voyter. Ela tem uma performance contida, que não nos deixa lê nenhuma mísera emoção, ou nenhum segredo. 

Simplesmente espetacular.

Oppenheimer

Nolan no seu melhor estilo. Com uma qualidade impecável!

Fotografia belissimamente assustadora, efeitos práticos junto de CGI bem aplicados e interpretações memoráveis.

Cillian Murphy como Oppenheimer atuou no papel da sua vida, bem como Robert Downey Jr. como Lewis Strauss.

Destaque para o design de som. 

Impecável!

Zona de Interesse

Banalidade do mal.

Esse é um termo cunhado pela Hannah Arendt, filósofa e importante escritora judia que acreditava que a multidão é incapaz de fazer julgamentos morais, fazendo-os aceitar e cumprir ordens sem questionar.

Esse termo foi muito lembrando nas críticas sobre o filme e eu concordo plenamente com o paralelo.

Mas outra palavra também chamou a atenção o tempo todo do filme:

Incômodo!

Com os diálogos simples, os enquadramentos, o tempo das cenas, mas sobretudo o som.

Tudo é meticulamente escolhido para incomodar com o fato daquela família estar vivendo as questões mundanas ao lado da maior atrocidade que a sociedade já viveu e sem se abalar com nada disso.

Lembrei também da série Band of Brothers quando os soldados da Easy Company chegaram até um dos campos de concentração, sem saber o que era, e depois de um tempo, ao buscarem mantimentos e água para dar aos prisioneiros, os soldados questionavam os moradores da cidade como não se incomodavam com o cheiro vindo do campo.

Zona de interesse é sutil a ponto do mais desavisado não entender a sua proposta. Mas se você tiver um olhar mais atento, perceberá que a banalidade é o verdadeiro mal.

Melhor filme

Com a ausência da indicação do filme Monster como melhor filme ou melhor filme internacional, o meu favorito é o Zona de interesse, mas confesso que ele é um dos mais restritivos dos indicados desse ano, justamente por ser uma crítica muito sutil, uma vez que o verdadeiro mal está em todos nós e não apenas no personagem Nazista gritando com uma ‘Luger‘ em punho!

Esse filme é cruel naquilo que não estamos vendo, e sim imaginando. E isso pode não ser tão acessível para tantas pessoas. Mas ainda sim, ele é genial!

Resumo final

O fato é que essa temporada está desenhada para premiar Oppenheimer. E não é de forma injusta. Não, muito pelo contrário. Se o filme do Nolan sair como vencedor, será mais do que merecido.

Oppenheimer reune técnica, talento, sensibilidade. 

Tudo junto de uma forma muito equlibrada.

Ele é forte candidato em TODAS as categorias que concorre. Mas tudo pode acontecer, e eu estou preparado para ele vencer tudo ou perder eventalmente uma ou outra disputa.

Ator, ator coadjuvante, direção e melhor filme são as suas melhores chances, que se confirmadas, ainda que percam outras categorias, eu acho que Oppenheimer sairá como maior vencedor do ano!