Ainda me lembro de quando fui tirar o meu Título de Eleitor. Era 1988 e eu tinha 16 anos na época. O voto era facultativo segundo a Constituição Federal recém estabelecida, mas eu fiz questão de fazer parte no futuro desse novo País.
De lá para cá, foram 11 eleições. Muitos vereadores e seus discursos de 5 segundos, Deputados Estaduais, Federais e Senadores “contando com o meu voto”; Prefeitos que depois foram Governadores e apenas um Presidente. Em toda a minha vida de Eleitor só votei num único nome. Luis Inácio “Lula” da Silva! Para mim, esse nome representa o meu Direito de escolha. De Nordestino retirante passando de operário à militante, depois fundador de um partido político de trabalhadores. Lula pra mim representa a mim mesmo como pessoa. Um cidadão comum que pode mudar um país.
Muitos criticam, outros idolatram, alguns fazem vista grossa, poucos ignoram. Lula é “o cara “, já disseram! O fato é que o processo democrático é algo novo no nosso País. Ainda engatinhamos quando o assunto é eleição. Poucos lembram os políticos que votaram no passado. Eu tenho a mesma experiência que o meu pai e o meu avô nessa questão. Ainda estamos escrevendo o destino de nossas ações. Se vamos bater no peito e bradar “eu estava lá quando o meu Presidente disse isso!” ou se diremos “me arrependi de ter votado nele” é algo que poderemos dizer talvez aos nossos filhos, ou netos.
A Democracia é um exercício. Um caminho, onde eu e o meu vizinho podemos andar em direções opostas, mas ainda sim, andamos! Para mim, o que está em questão é o meu Direito de escolher quem eu quero para governar o meu País. E eu respondo sempre: “Eu mesmo!”