Simplesmente não queria assisti-lo. Fiz uma pesquisa mínima sobre a vida e obra da pintora Frida Kahlo e não me sentia atraído em ver o filme. Sei lá, acho que não entendia a sua arte e simplesmente a ignorava.
Ontem algo aconteceu que eu não conseguia dormir e ‘zapeando’ entre os canais, peguei o filme com 5 minutos de iniciado. Deu tempo de assistir a cena do seu trágico acidente. Eu já sabia o que tinha acontecido com ela e ficava me perguntando como esse fato seria mostrado na tela e fiquei absurdamente chocado com o que vi.
TUDO nesse filme me chocou.
Aprendi que a sua arte é um retrato da sua vida tão intensa e atribulada. A cena que retrata bem isso foi quando o seu marido, Diego está falando sobre ela na exposição que ela fez no México, lamentando a sua ausência, pois ela estava de cama.
Ele disse que a “sua arte era tão ácida quanto os dessabores da vida e ao mesmo tempo sensível coma asas de borboletas”, quando 4 pessoas entram na galeria carregando a sua cama com ela deitada, para enfim, estar numa exposição no seu país!
A lição que eu tiro desse filme e óbvio da lição de vida da Frida é que nada, NADA é definitivo! Eu que simplesmente não compreendia o motivo de tanto ‘buzz’ em trono da pintora e consequentemente, após assistir o filme, passei a respeitá-la e admirá-la.
O filme é incrível. A direção de arte é primorosa. É muito bacana ver os seus quadros sendo criados na sua imaginação ao olhar cenas trágicas e cotidianas da sua vida e se materializarem nas telas de seus quadros. Por conta dessa tecnologia eu fui capaz de entender a proposta da sua arte.
Parabéns Salma Hayek pela interpretação e pelo empenho em produzir uma obra tão importante e significativa. Me preconceito fajuto agradece.