Oscar em tempos de pandemia 2021

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(Resenha com alguns ‘spoilers’. Leia por sua conta e risco!)

Por razões óbvias o post do Oscar desse ano será bem diferente do ano passado. A pandemia ainda está entre e nós, e provavelmente estará durante algum tempo mais. Ela impactou todas as nossas vidas, inclusive a forma como assistíamos filmes. Salas de cinemas foram fechadas, reabertas com restrições, filmes foram adiados, adiados novamente, cancelados, enviados para plataformas de streaming causando uma enorme confusão na edição desse ano.

Mas mesmo assim, tivemos excelentes filmes!

Eu criei já tem um tempinho, uma lista chamada Oscarizáveis, com os possíveis nomes de filmas antes do anúncio dos indicados. A lista tem 76 itens e eu assisti 26 deles. Alguns nem apareceram na lista final da Academia, mas valeu o entretenimento, claro. O número de casos e mortos nessa pandemia nos fragiliza, e nos amedronta, e os filmes nos ajudam a viver um dia de cada vez!

Então, depois de relutar muito, eu estou aqui para seguir em frente com a minha análise de todos os anos nessa edição do Oscar em tempos de pandemia 2021!

 

Mas antes, alguns protestos

Quero deixar registrado o meu protesto por causa de algumas poucas injustiças dessa edição. Vamos lá:

A ausência do filme Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre (Never Rarely Sometimes Always), Destacamento Blood e principalmente, Uma noite em Miami como indicados a melhor filme. Nessas três produções também ficaram de fora a atriz Sidney Flanigan, Delroy Lindo e Kingsley Ben-Adir respectivamente.

E por fim, a não indicação da Regina King como melhor direção em Uma noite em Miami… e Spike Lee em Destacamento Blood.

 

Única decepção

Tenet. Filme do Christopher Nolan é chatíssimo, apesar de visualmente lindo, com efeitos práticos muito bem-feitos, mas a trama é muito confusa e ainda tem um antagonista interpretado pelo afetadíssimo Kenneth Branagh (Sator) com um sotaque horroroso e rompantes completamente ridículos.

 

(Disclaimer: o texto destacado na cor vermelha são os vencedores e em negrito as minhas apostas)

 

Roteiro original

  • Judas e o Messias negro
  • Minari
  • Bela vingança
  • O som do silêncio
  • Os 7 de Chicago

 

O meu preferido é O som do silêncio, mas eu acredito que dará Bela vingança, mesmo com uma escorregada “de leve” no final, ainda sim, é muito criativo e envolvente.

 

Roteiro adaptado

  • Borat: fita de cinema seguinte
  • Meu pai
  • Nomadland
  • Uma noite em Miami
  • O tigre branco

 

Minha torcida aqui vai para Meu pai e Uma noite em Miami… . O primeiro é um show de desorientação! Sim, nós incorporamos o Anthony e vivemos a sua vida angustiada pela doença degenerativa convivendo com a família. Já o segundo é um deleite de diálogos que gostaríamos de ter assistido desses quatros grandes nomes dos anos 60. Mas o vencedor desse ser Nomadland mesmo, pelo ar quase documental de tão real em que a diretora Chloé Zhao conseguiu extrair de seus “não-atores“!

 

Efeitos visuais

  • Problemas monstruosos
  • O céu da meia-noite
  • Mulan
  • O grande Ivan
  • Tenet

 

Barbada, dará Tenet e é o meu favorito também. Nolan sabe usar como poucos os efeitos práticos e como o filme tem um escala enorme, o desafio e o resultado é estupendo!

 

Melhor som

  • Greyhound: Na mira do inimigo
  • Mank
  • Relatos do mundo
  • Soul
  • O som do silêncio

 

Outra barbada! Meu favorito deve ganhar. O som no filme O som do silêncio faz parte do filme. A forma como o som, o ruído e ausência de som são percebidas pelo personagem Ruben e por nós é espetacular.

 

Curta de animação e curta-metragem em live action

Também não assisti nenhum em 2020.

 

Design de produção

  • Meu pai
  • A voz suprema do blues
  • Mank
  • Relatos do mundo
  • Tenet

 

Aqui o filme Meu pai dificilmente chamaria a atenção por ser um filme urbano, contemporâneo e doméstico. Mas o design de produção aqui ajuda de forma bem discreta a entendermos em que época estamos. É um trabalho muito delicado, mas o vencedor deve ser Mank com a recriação dos bastidores do filme Cidadão Kane. Impecável também.

 

Canção original

  • Fight for you – Judas e o messias negro
  • Hear my voice – Os 7 de Chicago
  • Husa’vik – Festival Eurovision da Canção: A saga de Sigrit e Lars
  • Io sì – Rosa e Momo
  • Speak now – Uma noite em Miami

 

Eu amo Io sì cantada pela Laura Pausini do filme da Netflix Rosa e Momo estrelado pela Sophia Loren, mas quem deve levar é também lindíssima Speak now catada pelo ator Leslie Odom Jr. em Uma noite em Miami… .

 

Trilha sonora original

  • Destacamento blood
  • Mank
  • Minari
  • Relatos do mundo
  • Soul

 

Soul ganha fácil. O filme GIRA em torno da música. Impossível perder!

 

Cabelo e maquiagem

  • Emma
  • Era uma vez um sonho
  • A voz suprema do blues
  • Mank
  • Pinóquio

 

Acredito que o filme A voz suprema do blues leva. Foi bem operante, esse ano nenhum trabalho foi brilhante nessa categoria.

 

Filme internacional

  • Druk – Mais uma rodada (Dinamarca)
  • Shaonian de ni (Hong Kong)
  • Collective (Romênia)
  • O homem que vendeu sua pele (Tunísia)
  • Quo vadis, Aida? (Bósnia e Herzegovina)

 

Só assisti Druk, mas acho que ele leva. Está bem cotado nas bolsas de apostas. Com um argumento bastante inusitado, que beira a irresponsabilidade, Druk trás uma discussão interessante sobre o tema do alcoolismo.

 

Montagem

  • Meu Pai
  • Nomadland
  • Bela Vingança
  • O Som do Silêncio
  • Os 7 de Chicago

 

Aqui a briga é de Titãs! Literalmente, TODOS possuem chance. O meu favorito é O som do silêncio, mas eu acredito que Meu pai leva por manter o espectador engajado com a trama, mesmo com toda confusão mental que somos absorvidos.

 

Documentário e Documentário em curta-metragem

Também não assisti nenhum em 2020.

 

Direção

  • Thomas Vinterberg – Druk: Mais uma Rodada
  • David Fincher – Mank
  • Lee Isaac Chung – Minari
  • Chloé Zhao – Nomadland
  • Emerald Fennell – Bela Vingança

 

Tudo levar a crer que teremos finalmente outra vencedora a melhor direção. Chloé Zaho tira leite de pedra dos atores num filme intimista, sensível e muito empático. É mais um desses filmes que ficam a gente durante dias e a Chloé é diretamente responsável por isso.

 

Figurino

  • Emma
  • A Voz Suprema do Blues
  • Mank
  • Mulan
  • Pinóquio

 

Mesmo com um clássico filme de época no páreo, acho que A voz suprema do blues leva.

 

Fotografia

  • Judas e o Messias Negro
  • Mank
  • Relatos do Mundo
  • Nomadland
  • Os 7 de Chicago

 

Para mim, Nomadland é impecável. Com luz natural praticamente o tempo todo, gerando planos lindíssimos na natureza, mas acho que a Academia vai ceder ao apelo de ver sua Hollywood retratada por Erik Messerschmidt.

 

Animação

  • Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica
  • A Caminho da Lua
  • Shaun, o Carneiro, o Filme: A Fazenda Contra-Ataca
  • Soul
  • Wolfwalkers

 

Soul é Pixar, não preciso dizer mais nada!

 

Ator coadjuvante

  • Sacha Baron Cohen – Os 7 de Chicago
  • Daniel Kaluuya – Judas e o Messias Negro
  • Leslie Odom Jr. – Uma Noite em Miami
  • Paul Raci – O Som do Silêncio
  • Lakeith Stanfield – Judas e o Messias Negro

 

Daniel Kaluuya está explosivo no papel do ativista dos Panteras Negras, Fred Hampton.

 

Atriz coadjuvante

  • Maria Bakalova – Borat: Fita de Cinema Seguinte
  • Glenn Close – Era uma Vez um Sonho
  • Olivia Colman – Meu Pai
  • Amanda Seyfried – Mank
  • Yuh-Jung Youn – Minari

 

A vovó Soonja chega na metade do filme e à partir daí TUDO muda. Toda a dinâmica e dilemas da família são potencializados pelo carisma da Yuh-Jung Youn. O Oscar é dela!

 

Atriz

  • Viola Davis – A Voz Suprema do Blues
  • Andra Day – Estados Unidos Vs Billie Holiday
  • Vanessa Kirby – Pieces of a Woman
  • Frances McDormand – Nomadland
  • Carey Mulligan – Bela Vingança

 

A categoria mais acirrada dessa edição. TODAS podem ganhar, MESMO! A minha favorita é a Vanessa Kirby. Segurar 30 minutos de parto natural em casa em plano-sequência é para poucas. Independente de quem ganhar eu vou curtir, mas quem deve levar sua terceira estatueta é a Frances McDormand.

 

Ator

  • Riz Ahmed – O Som do Silêncio
  • Chadwick Boseman – A Voz Suprema do Blues
  • Anthony Hopkins – Meu Pai
  • Gary Oldman – Mank
  • Steven Yeun – Minari

 

Meu trabalho de ator favorito é o Riz Ahmed, pela entrega, pela veracidade no seu drama. Outro que eu fiquei bastante impactado foi o monstro Anthony Hopkins, mas acho que vai dar Chadwick Boseman mesmo. Ele merece pelo que entregou em cena nesse papel (que sim, foi montado para que ele tivesse mais destaque, sim, é verdade!), mas também como grande homenagem. Será um prêmio merecidíssimo!

 

Filmes indicados que são ok

Era uma vez um sonho

Esse é aquele típico filme fraquinhos que somos sequestrados pelo fato de ser baseado em fatos. O resultado é um drama familiar forte e a entrega eleva o seu patamar.

 

Rosa e Momo

A história é bonita, sensível e cativante.

 

Relatos do mundo

Confesso que esperava mais. O argumento é interessante, bem original para o gênero, porém eu realmente não entendi o alvoroço pela interpretação da Helena Zengel. Ela foi bem operante, mas só, bem como o Tom Hanks.

 

O Céu da Meia-Noite

Tema manjado, mas o decorrer da trama ficou mais intrigante, mas intimistas e entregou um filme bem redondinho.

 

Mulan

Não arriscou, nem comprometeu. Claro, faltou uma boa dose de humor e drama, mas para as novas gerações será bem ok. Agora se comparar com o original, aí será trágico e colocaremos eles na categoria de Decepção.

 

Bons filmes indicados

Minari

Mais um filme simples, sensível e bastante intimista. Devagar na dose certa, com diálogos do cotidiano. A tramar muda de rumo, ganha bastante corpo. O drama e o final lembrou muito (guardadas as devidas proporções) Rapsódia de Agosto de Akira Kurosawa.

 

Druk – Mais uma Rodada

Com um dos argumentos mais inusitados dessa edição, Druk me surpreendeu gerando bons debates depois que ele terminou. A reflexão sobre o tema do alcoolismo fica com a gente durante dias, provocando uma autorreflexão.

 

Bela Vingança

Outro filme de argumento bastante criativo, inusitado e provocador. Fui surpreendido por um roteiro que nos deixa engajado completamente entregue na vingança da Cassandra. Sua posição não foi maior por causa de uma conclusão da parte final que foi meio agridoce.

 

Indicados que eu gostei muito

Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica

Uma ótima distorção dos contos de fadas, numa animação bem-humorada e emocionante. O final é de transpirar pelos olhos!

 

Soul

Quando você acha que a Pixar não vai te emocionar com mais nada, ela vem, te coloca de joelhos numa animação linda, emocionante e que vai fazer você refletir durante muito tempo sobre qual é o grande sentido da vida!

 

Mank

Assisti Mank na sequência de Cidadão Kane (que eu ainda não tinha assistido!) e vemos que David Fincher continua afiado com um filme belíssimo e estonteante.

 

Os 7 de Chicago

Com um elenco repleto de estrelas, o roteirista sempre oscarizável, Aaron Sorkin estreia na direção e consegue dar espaço para todos os principais personagens (que foram muitos) brilharem nesse filme, e nos apresentou um dos períodos mais conturbados nos EUA na busca dos Direitos Humanos.

 

Pieces of a Woman

A primeira meia-hora do filme é um soco no estômago, com uma interpretação espetacular da Vanessa Kirby. Destaque também para a Ellen Burstyn que atua quase como uma antagonista num papel cheio de contradições. Destaque negativo para o sempre problemático Shia LaBeouf que está de novo às voltas com denúncias de agressão fora das telas.

 

The Father

O último filme da lista que eu conseguir assistir e fui surpreendido com a entrega, tanto da montagem do filme, quanto da interpretação do Anthony Hopkins. O filme nos leva com maestria para um mundo confuso da mente do personagem Anthony que sofre de uma doença mental degenerativa e nós vivenciamos na pele tudo que ele passa.

 

Filmaços!!!

Destacamento Blood

Mais um filme com um excelente argumento, que foca em temas como racismo, traumas e amizade, de forma envolvente e muito impactante. Com uma interpretação arrebatadora do Delroy Lindo, que assim como o filme, ele também deveria ter sido indicado.

 

Judas e o Messias Negro

Outro filme focado no tema do racismo nos anos 60 nos EUA, Judas e o Messias Negro é um daquelas produções que você assiste e fica interiorizando seus conceitos sobre a questão racial, e como o ódio tão estruturado na sociedade é perigoso e prejudicial. O filme tem intepretações espetaculares do Daniel Kaluuya (Fred Hampton), LaKeith Stanfield (Bill O’Neal) e também da Dominique Fishback (Deborah Johnson).

 

A Voz Suprema do Blues

Com uma montagem claramente feita para dar mais destaque ao Chadwick Boseman (Levee), como se ele precisasse disso para chamar atenção, e que, para mim, é o seu único defeito do filme. A história tem uma temática incrível que, assim como vários outros aqui, a questão do racismo na sociedade, mas com o grande protagonismo de uma personagem negra como carro-chefe. Viola Davis está, só para variar, incrível, bem como as interpretações dos outros atores coadjuvantes.

 

Uma Noite em Miami…

Uma pena esse filme não ter sido indicado. Com um roteiro afiadíssimo, com diálogos de tirar o fôlego, promovidos com belíssimas interpretações do Eli Goree (Cassius Clay), Aldis Hodge (Jim Brown), mas principalmente do Kingsley Ben-Adir (Malcom-X), e pelo Leslie Odom Jr. (Sam Cooke). O resultado em tela é uma madrugada com personagens cativantes, com suas reflexões sobre racismo, política e religião que ficam conosco durante dias. Filmaço!

 

Nomadland

O provável vencedor de melhor filme dessa edição, Nomadland transita de forma magistral o aspecto de filme de baixo orçamento, documentário e filme experimental. O argumento é um soco no estômago e que também provoca muita reflexão sobre o momento pós crise imobiliária de 2008, que impactou negativamente uma parte da sociedade americana que são praticamente invisíveis para o grande público.

A interpretação da Frances McDormand nos conecta com a sua personagem Fern, uma vez que o filme a deixa exposta 100% do tempo, e o que se vê na tela é não a atriz atuando, e sim as reações reais que qualquer um de nós agiria se estivéssemos na situação dela.

O excelente trabalho da Chloé Zhao junto aos não-atores deu ao filme esse aspecto quase documental sem ser de fato, e também fez com que ele fosse único. Com um roteiro totalmente intimista onde situações do cotidiano ganhem importância e grande impacto na trama.

O resultado é um filme lindíssimo, poderoso ao mesmo tempo simples.

 

Meu favorito

O som do silêncio

Desde o primeiro trailer eu gostei do argumento e fiquei com muita curiosidade de saber como a trama se desenrolaria com o drama do personagem do Riz Ahmed (Ruben), e eu criei uma certa expectativa do que eu achava que iria assistir.

Mas o que eu recebi foi um filme simples, profundo e muito, muito, muuuuuuuito sensível! É impossível não se conectar com o drama do Rubem. Perder praticamente a sua audição e saber que vai ficar nessa condição, podendo até piorar, não é só uma questão de saúde, mas como toda a sua estrutura de vida que será completamente impactada. Afinal Ruben é baterista de banda de rock!!! Sem a audição ele jamais poderá atuar novamente como músico. E ele faz de tudo para evitar essa condição desde o primeiro momento.

Nossa jornada é de tamanha proximidade com esse personagem a ponto de sermos colocado no seu lugar, ora ouvindo como nós mesmos tudo que está acontecendo, ora ouvindo como ele! Várias cenas nós ouvimos exatamente o que ELE ouve! Com todos os ruídos, chiados, sons abafados e até mesmo sem nenhum som. Nós ficamos confusos como ELE fica confuso. Nós também ficamos aflitos tentando entender o que as pessoas estavam falando da mesma forma que ele.

Foi uma experiência sensorial única!!!

E isso foi papel da equipe de som do filme. Os ruídos, sons abafados, chiados ou silêncios, fazem parte da história pois tem relação direta com o que o Ruben sente! E isso eu nunca vi num filme.

Não bastasse tudo isso, o filme ainda teve o final mais corajoso, mais simples, mais sensível que eu assisti em tempos. Ele me disse tantas coisas que mexem comigo até hoje e provavelmente eu levarei para o resto da minha vida! Sim, eu não estou exagerando!

Aceitar a sua condição como surdo, no último frame do filme, sem dizer uma única palavra, totalmente em silêncio, sem ouvirmos nada foi simplesmente espetacular!

 

Resumo final

Acredito que Nomadland ganhará o prêmio de melhor filme dessa edição, mas acho que tanto Meu pai, quanto Os 7 de Chicago e Minari correm por fora. As premiações que esses filmes estão recebendo nos outros eventos recentes e o próprio “lob” dos últimos dias mostram que esses outros 3 ainda estão no páreo para tirar todo o favoritismo que Nomadland teve desde o começo da temporada do Oscar.

O resumo final dessa edição é que tivemos uma presença bastante significativa de diretoras, o que é ótimo! Isso sem falar a ausência da Regina King que poderia deixar os indicados como a maioria feminina, além de multirracial, o que seria épico!!!

Também tivemos uma das melhores edições de interpretações, tanto nas principais quanto nas coadjuvantes em atores e atrizes.

E por último destaque, claro, não poderia deixar de falar na presença massiva das produções de streaming. Isso aumenta muito a minha curiosidade sobre o que assistiremos à partir do próximo ano, onde as produções foram feitas entre 2019 e 2020, anos da pandemia COVID19! Vamos ver como os estúdios se sairão frente à esse enorme desafio!