Esse tweet me pegou muito hoje:
Não é coerente criticar Bolsonaro e não fazer o mesmo com isso. pic.twitter.com/EBieZxer5V
— Um tal de Bruno Sartori (@brunnosarttori) June 1, 2023
Não há equivalência entre Lula e Bolsonaro, mas na real, sempre haverá comparação, pois é assim que o país está dividido recentemente.
O fato é que Lula foi o presidente que mais fez pelos pobres no país nas últimas décadas, e isso de nada adianta para a metade do país atualmente.
E não vale mesmo!
Afinal, o país é outro, o mundo é outro, as pessoas são completamente diferentes de quando ele deixou o seu segundo mandato.
Fazer política do mesmo jeito, não só não resolve os problemas atuais, como ainda intensificam ainda mais a visão binária do cenário político.
E isso é péssimo!
Mesmo que depois de 100 dias de mandato já existam indicadores para celebrarmos, há também outros indicadores quem nem tanto e alguns poucos, um desastre.
Que na minha visão, são dois:
O primeiro é a comunicação
Nisso, a direta é certeira e eficiente.
E isso nem é privilégio só do PT ou da esquerda no país.
É no mundo!
O preconceito das pessoas é combustível na Internet e nas redes.
O escândalo da Cambridge Analytica prova essa tese.
Ignorar essa efetividade e não se adequar é estupidez.
É preciso se adaptar, estruturar e criar uma agenda que instrua e convença o que está em jogo.
A teimosia de Lula, PT e a esquerda em não reconhecer essa capacidade da direita pode se tornar um grande Calcanhar de Aquiles. Basta olhar para o nosso Legislativo!
O segundo desastre para mim tem relação ao tweet do começo desse post.
A indicação do Cristiano Zanin é um enorme erro!
Por mais qualificado que ele seja, e sim, é.
Por mais que ele mereça, a indicação dele dá mais armas para oposição que nunca!
Mesmo que o ex-juiz Sergio Moro, que foi parcial no julgamento e sentenciou a prisão de Lula e depois foi para o governo do seu adversário dê margem para uma contra-argumentação.
A direita é hábil em redirecionar a narrativa como se não tivesse feito o mesmo.
E isso pode ser fatal.
Daqui em diante, Zanin sempre será citado em cada decisão do STF, só que de um jeito que nunca a esquerda conseguiu fazer com as indicações do Bolsonaro.
Confesso que eu ainda tinha esperança do Lula dar uma “invertida” na direita, indicando uma mulher preta, fazendo uma importante representação da mais alta corte do judiciário no país, da mesma forma como ele fez na passagem de faixa na sua posse.