Para mim é muito fácil ter a Greta Thunberg como referência de ativismo global.
Ela começou cedo com o movimento “Greve das escolas pelo Clima” (Skolstrejk för Klimatet), que virou Friday for Future e mais recenetemente sobre o genocídio de Israel em favor da Palestina.
Ela é ao mesmo idolatrada e odiada, assim como qualquer ativista de algum relevância e prestígio. O mais comum, além da exposição na mídia em alguma ação dela, mas também virando meme em ambos os lados das ideologias, mas confesso que eu sabia pouco sobre ela.
E foi no documentário I am Greta (Eu sou Grta em português) é que vemos o outro lado dela. A própria vida, sua relação com a família e o mundo que ela defende.
Saber que ela tem a mesma síndrome que o meu filho aumenta ainda mais a admiração por ela e a sua luta, o seu sacrifício.
Sim, sacrifício!
E isso fica muito claro no documentário.

Pensar na motivação de uma pessoa na condição de Asperger justifica claramente a sua ideologia. Para Greta, é incompreensível saber que não estamos avançando na direção da preservação do Planeta quando dizemos que estamos.
E mesmo que a atuação dela não proponha, efetivamente qual é a solução para um problema tão complexo como o definido no Acordo de Paris, esse não é o seu papel, e sim, sensibilizar e cobrar das autoridades que sigam nesse sentido, e no documentário isso fica bastante claro!
Outro ponto muito importante do documentário, e que me motivou a escrever sobre ele, é a relação profunda de apoio que ela tem dos seus pais.
Sem eles, seria impossível Greta ter atuação que tem, afinal ela começou a fazer isso aos 15 anos em plena era escolar, do que para nós é o 8º ano do ensino fundamental!
Fica ainda mais latente ver que todos os comentários negativos individualizados que ela recebe na web é descabido, desumano. Principalmente por causa do seu discurso nas Nações Unidas em 2019.
Ao assistir o documentário, fica claro que ela estava exausta de lutar pelo clima.
(Acesse esse link para ler o texto transcrito do discurso dela)
Eu faço o exercício de empatia profundo, por conta da escala desse propósito, e que aumentou ainda mais quando ela resolve viajar para Gaza para protestar contra Israel. Mas isso, quem sabe, será assunto para um novo documentário!
Para mim, além de apoiar as suas causas, como pai de um filho autista, fica também o sentimento sobre a luta diária que nós sempre enfrentamos.
Força Greta!